Tuesday, October 26, 2010



Acabei de assistir o filme: " O menino do pijama listrado" (acho que o titulo do filme é esse). Para quem já viu nem preciso dizer que chorei muito né? Para quem ainda não viu, recomendo muito mas com preparo pois a historia é bem forte.

Uma coisa não consigo parar de pensar: como é possível que ainda exista no planeta pessoas que conseguem julgar e odiar um grupo todo? E ainda por cima acharem que estão certos?

O filme é da segunda guerra e esta baseada no terror contra os judeus. Ok, mas, e o terror contra os arabes, muçulmanos, dalits etc? O que mais me assusta é o poder de manipulação e a força que uma desculpa pode ter para gerar ódio entre grupos e ações violentas... Me assusta para falar a verdade a vulnerabilidade e a facilidade com que as pessoas pensam que "exterminar" é a solução para o problema. Ou como é tão fácil achar que só existe uma verdade...

Os petistas que me desculpem mas desconfio muito de quem achou que a guerra armada e o uso da violência eram as únicas maneiras de provocar mudança. Victor Frankl, psiquiatra que sobreviveu ao campo de concentração, dizia que os que sobreviveram a este horror não foram os mais violentos, os mais felizes ou os mais tristes, mas sim os que tinham sentido de propósito e resiliência.

Tolerância, respeito, diversidade, amor... palavras que, sem dúvida serão capazes de mudar o mundo... isso sim, se deixarem de ser apenas palavras...

Para refletir... e como diz o cartaz do filme "Uma historia de inocência em um mundo de ignorância..."

2 comments:

Cinthia Sento Sé said...

Mari, concordo plenamente. Mas acho que o primeiro passo em direção a um mundo dividido (em lugar de integrado) é a visão do outro como "o outro" ou mesmo essa tendência que temos de falar no coletivo, sem considerar que o coletivo não é necessariamente homogêneo. Os árabes, os paulistas, os baianos, os petistas, os católicos, os evangélicos... A gente generaliza, mas na maioria das vezes há muita diversidade sob tais rótulos. Beijim!

Mari Turato said...

Cin é isso mesmo, tb concordo plenamente com vc! E foi exatamente isso que achei mais lindo no filme. Um menino de 8 anos, escutando constantemente que os judeus era maus, se depara com um a experiencia de ter um unico amigo... judeu. Muito tocante!! beijossss