Quando eu falava que viria para a India, diretamente as pessoas imaginavam que eu viria para um processo de retiro espiritual, yoga e coisas do tipo. A verdade 'e que 'e inevitavel pensar isso pois a maioria das pessoas que vem para ca vem com esse proposito. E quase como um cliche, ou vc vem para ca com essa "busca" espiritual nessa forma yoga+meditacao+ayurveda ou transferido para trabalhar em alguma multinacional (bom, depois da novela tem tb o grupo das que vem para casar com um indiano). Engracado pq eu mesmo me peguei falando um montao de vezes que o que eu ia fazer aqui era exatamente essa receitinha de bolo... Mas agora que estou aqui percebo que no fundo, nem eu mesmo sei ou sabia o que efetivamente vim fazer aqui!!

Mas entao a pergunta: o que vc ta fazendo ai? O que 'e Auroville? No literal Auroville pretende ser uma cidade para aprox. 50.000 com a intencao de desenvolver a Unidade Humana. Um lugar onde as pessoas podem expressar o seu potencial e aprofundar sua conexao com o divino. Segundo a Mae, fundadora de AV, se trata de uma "Anarquia Espiritual".

Mas agora, o que 'e tudo isso para mim? Um laboratorio de experimentos de si mesmo. Um constante exercicio de auto-conhecimento e quebra de paradigmas. Um lugar verde, lindo, uma experiencia ecologica e social, um lugar de contradicoes, uma escola 24h por dia. Um mix de emocoes me invadem cada semana: felicidade, tristeza, ansiedade, calma, paz, raiva, amor.

E o que eu estou fazendo aqui? Essa 'e uma boa pergunta que ainda nao sei responder... e sinceramente acho que talvez qdo saiba, ja nao ter'a mais sentido estar por aqui...Por tudo isso minha resolucao de ano novo 'e nao ter resolucoes e sim abertura. Abertura para o que a vida me trouxer, abertura para aceitar e aprender com cada passo, para enfrentar os desafios, para me auto-amar, me respeitar e me aceitar cada vez mais. Chega de pedir namorado, trabalho, quilos a menos, disciplina e blablabla. Esse ano quero apenas poder disfrutar e mergulhar fundo nessa aventura que 'e a vida e que tem sido para mim Auroville, meu shangrila perdido no meio do chaos da India.

Desejo a todos o mesmo, um inicio de novo ciclo interno, um ano novo para o coracao e para o auto-amor!

Fotos colocarei na semana que vem!!!

Namaste

Ps. apesar de tudo vou sim estudar yoga, continuo meditando e quem sabe nao me meto com Ayurveda tb??? ;-)

Qual o valor do tempo?

A musica do templo toca de fundo, o Sol entra pela janela e faz as arvores la fora brilharem ainda mais... os animais do dia comecam a cantar sua despedida e os da noite sua chegada... vozes de meninos (adultos que sao eternos meninos por aqui) falando em frances chegam bem baixinho no quarto... olhando pela janela e contemplando esse cenario me pergunto sobre o que escrever... Tem quase um mes que estou aqui e este 'e o post oficial que reabre a temporada do blog, agora diretamente da India, de uma casa em Auroville, numa comunidade (como se fosse um bairro) chamada, com certeza nao por acaso, Felicity.

Tentei gravar um video como me sugeriu um amigo por ser mais dinamico mas a verdade e que nao consegui. Por alguma razao nao saiu, acho que ainda gosto da escrita, de me expressar por aqui deste modo. Mas quem sabe mais para frente!

Hoje quero apenas dividir umas fotos do meu novo lar. Esse primeiro mes tem sido intenso e ainda estou elaborando todo o turbilhao interno. E diferente chegar por aqui para ficar...diferente, mto diferente de quando vim como turista...

De pratico: Ja estou trabalhando em dois lugares, no information center que e basicamente dar informacoes como o proprio nome diz e na radio, gravando alguns programas e essa semana vou comecar com os meus programas em espanhol. Moro em uma casa com um casal de amigos e tres cachorros, mais todos os animais q aparecem e todos os nossos amigos que sempre estao por aqui. Voltei a nadar e to tentando diminuir o ritmo da comida... meu estomago ja esta queimando so de ver pimenta, mas minha boca ainda insiste em comer tudo bemmmmm temperado!!

Minha ideia aqui no blog 'e escrever semanalmente, compartilhando com vcs o que acontece por aqui! Semana que vem vou contar um pouco do que 'e Auroville para mim, pq na verdade o magico por aqui e que nao existe um Auroville so, cada um tem o seu!

Seguem as fotos...

bjos e ate a semana que vem!

ps. ainda nao sei colocar acentuacao nesse computador so...

Moramos na casa branca da direita, na casa pequena da esquerda estao a mae e o padrasto da Batsala

Vcs já tiveram vontade de fazer uma coisa, mas por alguma maneira vcs nao conseguiam fazer? Isso tem acontecido comigo ultimamente com o blog... morro de vontade de escrever, tanta coisa acontecendo internamente, vontade de compartilhar, de dividir mas... bang, começo a escrever e dois minutos depois apago tudo e volto a pensar "ah, daqui a pouco escrevo de novo" e assim vai... Bom, hoje nem que for para escrever um texto sem pe nem cabeça eu vou terminar!! :-)

Acho que nao conseguir escrever tem muito a ver com o momento de mudança que estou passando... antes da lagarta virar borboleta, de alguma maneira, ela tem que se isolar, ficar no casulo... Embora eu perceba muito claramente esse momento de mudança, a parte do casulo é um pouco mais dificil, mesmo ja estando muito mais voltada para dentro hoje em dia, ainda sou uma dessas pessoas que precisa do externo para equilibrar.

Esse momento tem sido muito intenso, de quebra de paradigmas internos mesmo! Tem sido bem doido, reconhecer um montao de coisas em mim que, embora eu soubesse que estavam la eu nao queria encarar! Varios acontecimentos tem me ajudado a olhar para isso, desde uma paixao nao correspondida (que doeu muito mas que me ensinou - e tem me ensinado ainda - muito) até me dar conta das razoes que me fizeram escolher o caminho profissional de hoje. Coisas que eu sempre achei que queria, que depois achei que nao queria e que agora eu simplesmente nao sei se quero ou nao... Reconhecer que, estou perdida, nao sei nada e que a maioria das certezas que eu tinha ja nao existem mais...

Esse final de semana no Rio com minhas amigas da faculdade foi muito bacana!! Estar com pessoas que te conhecem a tanto tempo e que acompanharam tua trajetoria ajuda a resgatar e ver o quanto a gente mudou... OU NAO!!! No meu caso vi que muuuuitas coisas ainda nao mudaram... mas o mais rico disso é que agora consigo ver e mesmo que por um tempo fique irritada (amigas, vcs me aguentaram heim???) depois consigo perceber que no fundo é simplesmente reconhecer e aceitar as nossas limitaçoes, dando assim o primeiro passo para a mudança.

E por falar em mudança, muitas mudanças estao vindo por ai, mas contarei mais para a frente quando tiver mais clareza (o que nao esta facil ultimamente!!hehehe) da ordem das coisas.

Tem uma musica que eu amo e que tem sido meu mantra ultimamente, e, acredito que nesse momento seja realmente o remedio que eu preciso! Compartilho com vcs, de fora do casulo, esperando para, quem sabe um dia, virar uma linda borboleta :-)

Tocando em Frente

Ando devagar porque já tive pressa Levo esse sorriso, porque já chorei demais.

Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...

Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, Eu nada sei.

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs,

É preciso o amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir. Penso que cumprir a vida seja simplesmente Compreender a marcha, e ir tocando em frente, Como um velho boiadeiro levando a boiada, Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,

de estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs,

É preciso o amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir. Todo mundo ama um dia, todo mundo chora, Um dia a gente chega, no outro vai embora.

Cada um de nós compõe a sua história, E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz e ser feliz. Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs,

É preciso o amor pra poder pulsar, É preciso paz pra poder sorrir, É preciso a chuva para florir. Ando devagar porque já tive pressa E levo esse sorriso porque já chorei demais

Cada um de nós compõe a sua história,

E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, e ser feliz.

Salaam-e-Ishq!!!

Essa semana fiz uma coisa que nao fazia tem muito tempo: assistir a tres diferentes filmes de amor: um espanhol, um americano e um indiano (Bollywood de primeira!).

O espanhol é uma historia lindissima, carregada de psicologia, de um amor de infancia que vai crescendo, cheio de dramas, tragicas aventuras, dolorido e com um fundo emocional carregado, complexo e profundo. Uma historia improvavel que sempre esta a ponto de acontecer mas que acaba nao acontecendo como o esperado. Um final pouco provavel perto do sol da meia noite! (uma caixa de lenços nao é suficiente, mesmo sendo a quinta vez pelo menos que vejo esse filme) Romance lindo de ser visto e tb otimo para refletir, mas nada desejado como modelo de amor eterno!!! (... pelo menos nao conscientemente).

O americano, uma comedia romantica, cheia de cliches, risos garantindos,historias cruzadas. Romances que queremos viver, que nao acontecem até o final, mas que garantem a sensaçao de felicidade com o sempre esperado final feliz! Encontraremos nossa cara metade, apesar de todos (e olha que sao muitos!!) desencontros da vida. Mas nesse filme esse amor nao vem facil nao, todo o tempo as situaçoes comicas nos mostram a triste verdade de reconhecer quando alguem nao esta afim de vc e ponto, nao adianta interpretar os sinais, querer garantir que algo vai acontecer e nao vai! Até que um dia, aquele que fará de vc a exceçao das historias frustrada cruza seu caminho e entao, mesmo com todos os erros e confusoes vcs acabam ficando juntos!

O indiano, um Bollywood tipico, com suas músicas, danças, pares pouco prováveis, cores e histórias fantásticas! O filme mostra o encontro de um cantor sonhador, sensivel e querido por todos com a princesa urbana, cheia de força, que quer romper os padroes culturais, sedutora e ao mesmo tempo misteriosa. O cenário e os personagens sao magicos e a historia é cheia de amor desde o inicio e vai se construindo com seus encontros e desencontros até o final que se consolida com uma grande festa!

Tres histórias, pensadas para provocar em quem assiste a sensaçao de que este amor esta lá fora, esperando para acontecer. Foi bem interessante assistir a estes filmes depois de passar um tempo vivenciando um intensivo de auto-conhecimento, em que a base consiste em desenvolver o auto-amor e a expressao constante da nossa verdade. Tenho pensado muito nisso, e cada vez tenho mais certeza de que, enquanto tentamos encontrar essa sensaçao de amor fora, nos afastamos de encontra-la dentro e ai sim, poder expandir e dividir com esse outro que vem para ser nosso parceiro e compartilhar essa experiencia que é a nossa vida. Tantos pre-conceitos, idealizaçoes, confusoes afetivas, nos afastam (ou pelo menos ME afastam) de poder efetivamente entender e aceitar que cada historia é uma e que devemos nos abrir para o novo. Por isso achei tao interessante ter visto esses 3 filmes, pois, apesar da essencia ser a mesma, cada um explorava um lado diferente e completamente verdadeiro das relaçoes afetivas, rompendo a crença de que existe uma receita de bolo para garantir a felicidade no amor!!

Entre tantas formas hoje nao escolho nem o sofrimento espanhol e nem o amor idealizado americano, fico com a magica do indiano que vem cheio de cor e musica mostrando que se abrir para o novo e valorizar as diferenças faz parte da vida e pode ser cheio de surpresas!!

Para aqueles que ficaram curiosos, ai vao os filmes! Como filme, prefiro o espanhol Os Amantes do Circulo Polar, que para mim é um dos melhores que já vi! Como diversao o americano Ele nao esta tao A Fim de Vc vai mto bem. O indiano Saawariya Apaixonado só recomendo para aqueles que efetivamente consigam olhar para um filme deste genero sem o nosso "oculos", porque se nao pode ser mto chato!! :-)

E para quem ficou curioso (ou pelo menos reparou no titulo) Salaam-e-Ishq significa saudaçoes ao amor e tb é o nome de um filme indiano mto bacana (sim, tem uma musica dele na novela! alias, o melhor da novela é sem duvida a trilha sonora indiana! :-) !)

Eita vida, eita vida de cao, a gente ri, a gente chora, a gente abre o coraçao!!!

" Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim". Tenho usado muito essa frase do Sartre para refletir as coisas que vem me acontecendo ultimamente. Este tem sido um período muito intenso da minha vida (retorno de saturno vindo com tudo!) cheio de altos e baixos, e até o fato de nao gostar de cachorro passou a ser algo revisto e questionado! Nestes momentos muito turbulentos, acaba sendo mais facil, em alguns momentos, colocar a culpa nos outros e nao na gente, assumindo um papel de vitima e perdendo a oportunidade de aprender com cada nova experiencia. Tem sido um exercicio constante olhar com cuidado para cada situaçao, deixar o sentimento, mesmo que dolorido, crescer internamente e poder agradecer a oportunidade de estar vivenciando aquilo. E parece que, quanto mais abertos estamos para essa experiencia mais intensos sao os aprendizados.

Nesse caminho de rever conceitos, tenho me deparado com todos meus medos, inseguranças, crenças antigas... e tenho me dado conta que efetivamente devemos começar a romper com todos aqueles "pré-conceitos", inclusive aqueles que parecem menores e sem importancia. Me reconhecer ignorante tem se revelado a melhor maneira (mas também muito doída) de recomeçar... (alguem me disse uma vez que crescer dói, e nao é que dói mesmo? :-) !)

Vou contar um insight relacionado ao fato de que eu nao gosto (ou nao gostava) de cachorro e que reflete um pouco tudo isso. Por mais que sempre tenha tentado uma aproximaçao, aquele sentimento de nao ter a menor ideia do que passa na cabeça de um cachorro qdo ele te olha simplesmente me apavorava! Engraçado pensar isso né? Como alguem se questiona o que passa na cabeça de um cachorro? (to me trabalhando para deixar de lado essa minha vontade de entender tudo, mas é um processo bem dificil devo admitir...) Percebi finalmente que nao estava nele o medo e sim nas fantasias que eu criava a respeito do que poderia acontecer... Entao esse final de semana uma linda rottweiler me ajudou a começar a rever meus medos e fantasias... E ai me dei conta de que isso se aplica a tudo! Qdo começamos a fantasiar, criar historias, desconectar do presente, acabamos criando um mundo paralelo que nos distancia de quem realmente somos, dos outros e de nossa experiencia nessa vida! (e tudo isso veio de uma simples interaçao com um cachorro!! :-) !!) E percebi que o nao gostar muitas vezes nada mais é do que uma maneira "segura" de esconder o medo. Assumir esse medo, encarar, sentir, é o primeiro passo para começar a aceitar e amar a todas essas coisas que insistimos em jogar para debaixo do tapete e que apenas classificamos com um "nao gosto" ... E isso se aplica a pessoas, sentimentos, situaçoes... (nao consegui pensar se tb se aplica a comida, mas ai prefiro achar que nao pq acho q nunca vou ser capaz de gostar de pimentao!!).

É hora de encarar de frente todos os padroes antigos que nos aprisionam em um ciclo repetitivo e nos afastam de nossa propria verdade e essencia. Acredito profundamente que estamos nessa vida para evoluir e sermos felizes, vivendo intensamente e aproveitando cada oportunidade para crescer. Quero viver minha verdade, ser feliz e escutar minha voz interior, que, como diria o Osho, nao fala por palavras, mas sim na linguagem inarticulada do coraçao.

Sobre casamentos e funerais

"Tenho chorado mais por causa de casamento do que por causa de funeral". Estava sainda do velorio de meu tio e este pensamento me veio a mente...Para ser bem honesta, por mais verdadeiro que ele pudesse ser me assustei: como posso pensar isso? Teoricamente um é triste e o outro é feliz, um termina um ciclo o outro inicia... Porém, a explicaçao veio no simples fato de que, a qualquer um desses eventos estao atreladas emoçoes e historias que nem sempre seguem a logica cartesiana do simbolismo desses dois acontecimentos. Assim como em muitas outras coisas em nossa vida, tentamos "categorizar" as reaçoes que elas devem nos provocar. E pior, esquecemos que existe um leque de diversidade no proprio mundo que seria suficiente para quebrar nossas crenças em essas situaçoes, como por exemplo, na India, o dia do funeral é tao feliz como o dia do casamento (ou ate mais), com musica, jantar e tudo mais, celebrando a dadiva da existencia e a passagem a um novo momento!

Apesar de achar lindo o ritual indiano,devo admitir que sempre tive medo da morte (do casamento um pouco menos :-) !), inclusive, em uma conversa recente, numa dessas respostas que saem de susto respondi: digo tanto a minha mae que a amo pois se alguma de nos morre nao quero ter a sensaçao de nao ter falado tudo o que poderia (talvez essa seja a razao pela qual eu falo tanto, nao so com a minha mae mas com todo mundo!!rsrs). Tenho tentando olhar para esse meu medo e entender, e o primeiro que me vem a mente é o apego, pois finalmente o que esta por tras é o desejo de ter aquela pessoa ali comigo, para sempre (embora eu ja saiba que o para sempre sempre acaba...). Tem tb o desconhecimento, isso porque, até hoje tive poucas pessoas proximas que partiram (hoje foi a segunda) e em todas elas sinto que consigo entender claramente o motivo. E o mais engraçado é que racionalmente é tao claro para mim que a unica certeza que temos qdo nascemos é de que algum dia vamos morrer!

E ai vem outro dos grandes questionamentos que passam pela minha cabeça nesse momento: As certezas!! Tenho me dado conta de como sou cheia de certezas (a maioria delas nada certas por sinal)!!!!!! Sei que quero aquilo, que gosto disso, que vou fazer isso e por ai vai!! A cada nova mudança, engato uma decisao para "garantir"que as coisas nao saiam do controle e com isso muitas vezes acabo perdendo a chance de sentir o momento e efetivamente me conectar com a incerteza e todas as possibilidades que se abrem com ela. Tem sido um exercicio me dar conta desse movimento e de tentar, na medida do possivel, nao controlar (o que paradoxicalmente de novo, é uma forma de controle). Sentir mais e pensar menos, aceitar as frustraçoes, esperar menos que as coisas sejam do meu jeito, talvez alguma dessas seja a chave... nao sei... neste momento nao quero ter certeza de nada... :-)

Para finalizar, todo esse negocio de olhar para a morte só reforça minha crença de que devemos viver a vida da melhor maneira possivel, sem julgar, nos aceitando com nossas imperfeiçoes, errando e aprendendo dos erros, nos abrindo para cada maravilha cotidiana e realizando nossos sonhos, porque, pelo menos essa vida, neste corpo, é unica!!! (sigo com minhas inseguranças, ansiedades, medos... porém acredito que, como disse meu terapeuta, a Fera só se transformou para a Bela em algo magico qdo ela efetivamente aceitou verdadeiramente sua condiçao de Fera e a acolheu!!)

Tem sido impossivel escrever, nao somente por tempo, mas também por dificuldade em colocar o turbilhao interno no papel.
Ultimamente tenho pensado muito no quanto estou condicionada em meus padroes e como mtas vezes é dificil encarar tudo isso, seja por minhas proprias crenças, seja pelas crenças dos meus amigos que por afinidade acabam reforçando aquilo que acredito ou por legados sociais que ditam o que é certo e o que é errado.
Nao existe a vida perfeita, o trabalho perfeito, o homem perfeito ou a mulher perfeita, a familia perfeita, a psicologa perfeita... existe o ser humano real, com sua bagagem e sua historia, com sua perfeiçao e com sua imperfeiçao...
As vezes estou feliz, as vezes triste, em um minuto quero transformar o mundo e no minuto seguinte percebo que já tenho uma imensa dificuldade com me transformar a mim mesmo...
E ai tenho tentado voltar para meu maior aprendizado da experiencia na India: a maxima do A vida sabe o que faz e qto mais conectados estamos com nós mesmos mais certeza temos das respostas verdadeiras e de coraçao para nossas questoes, ai entao podemos nos tornar canais nao apenas para nós mesmos como tb para todos que estao a nossa volta.
Enquanto escrevia recebi um texto muito significativo, q fala exatamente disso: da importancia de buscar nossa intuiçao na tarefa diaria de servir ao universo e aos outros.
Fico por aqui com o desejo de me conectar mais e com a esperança de conseguir verdadeiramente escutar mais meu coraçao e menos meu cerebro...

Entao me diz qual é a graça...

Hoje me dei conta (na verdade como reflexo do final de semana) que só a gente sabe o que o nosso futuro nos reserva. Pode parecer meio obvio e claro mas acho que finalmente eu tomei consciencia disso. Vou contar como cheguei a essa conclusao.

Quando voltei da India, fui na cartomante, na tentativa de encontrar uma ajuda para a minha decisao de voltar para la ou ficar por aqui. Depois de tudo, decidi, por mim, ficar. Ai fui procurar um medico ayurvedico para saber meu perfil e entao conseguir encontrar o equilibrio, ficar mais tranquila etc. De novo depois de 3 horas de consulta, ficou claro que nao ia ser ele quem ia me trazer isso, e sim todo o meu esforço em aplicar conhecimentos que eu já sabia a meu favor.

Este final de semana, fui em uma astrologa/numerologa/cartomante para saber como estava o meu mapa, o que o retorno de saturno ia me trazer, enfim, saber mais sobre mim. Ela me falou um montao de coisas, a maioria delas eu inclusive ja sabia. Sai de la feliz com as respostas que ela me deu. Mas ai depois de algumas conversas e acontecimentos é que a ficha caiu... Para que saber isso? Será que eu já nao sabia? Será que no final nao é tudo ponto de vista e interpretaçao? E que poder de profecia auto-realizadora que tudo isso tem, que é como se eu tivesse que vivenciar as coisas q essas pessoas me falaram para justificar o diagnostico? ( Como se tivessem me falado que eu sou um et, e eu inconscientemente ( ou conscientemente) buscasse situaçoes que me levassem a creer que isso é uma verdade absoluta e imutavel. )

Refletindo muito sobre esse jeito de buscar respostas decidi: quem sabe do meu perfil e do meu futuro sou eu, ou no maximo um terapeuta que pode me auxliar no meu processo de auto-descobrimento. A maioria das vezes nós estamos algo e nao somos algo (estou inconstante, nao sou inconstante), existe o livre arbitrio e como já dizia a musica do Paulinho Moska que escutei hoje cedo e que resume tudo isso: “Entao me diz qual é a graça, de ja saber o fim da estrada, quando se parte rumo ao nada” . Sem julgar, deixo para tras todos essas minhas tentativas de encontrar respostas prontas e soluçoes mágicas para minhas duvidas e continuo na busca do auto-conhecimento, por mais doido que possa ser e mais profundo que eu tenha que ir. (bom, o Taro do Osho continua pq na verdade ele é uma ferramenta de reflexao e meditaçao :-) - como dizia a ultima carta que tirei: Por que perdemos tanto tempo nos preocupando, se finalmente vamos da nao-materialidade para a nao-materialidade?)

Por isso, ao inves de buscar a pessoa que pode me ajudar energeticamente, só com as minhas roupas, a curar as minhas magoas, decidi que eu Mari, de verdade, continuo a meditar, volto para a terapia, para a Yoga e começo as aulas de violao!! :-)

Ai vai a musica do Paulinho inteira ( como ele é muito amigo do Jorgito pode!)
A seta e o Alvo
Eu falo de amor à vida, você de medo da morte Eu falo da força do acaso e você, de azar ou sorte Eu ando num labirinto e você, numa estrada em linha reta Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta Sua meta é a seta no alvo Mas o alvo, na certa não te espera Eu olho pro infinito e você, de óculos escuros Eu digo: que te amo e você só acredita quando eu juro Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra. Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era E o que era ? Era a seta no alvo Mas o alvo, na certa não te espera Eu grito por liberdade, você deixa a porta se fechar Eu quero saber a verdade, e você se preocupa em não se machucar Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade Eu me ofereço inteiro, e você se satisfaz com metade É a meta de uma seta no alvo Mas o alvo, na certa não te espera Então me diz qual é a graça De já saber o fim da estrada Quando se parte rumo ao nada ? (solo) Sempre a meta de uma seta no alvo Mas o alvo, na certa não te espera Então me diz qual é a graça De já saber o fim da estrada Quando se parte rumo ao nada...

Enquanto planejamos...

Desde sábado tento escrever um texto, acho que essa é a terceira vez que começo, mas parece que agora sim vou conseguir terminar...

Ontem fui meditar e sempre tem uma palestra com a monja responsavel pelo templo, e o tema de ontem veio como a gota d'agua final para toda a reflexao do final de semana: O apego. Já na sexta eu falava da questao de como tenho mil certezas e planos, que finalmente nem acabam por se concretizar. E ela, no domingo, falava justamente isso, que nao so nos apegamos a pessoas, a objetos, se nao tb a fatos e eventos sejam eles passado, presente ou futuro. Por orgulho, por ciumes ou por posse, nos cegamos e criamos uma realidade que satisfaz apenas nosso ego... diferente do amor que quer apenas a felicidade, o apego olha somente para nossa propria satisfaçao...

Fiquei pensando ( e sentindo tb) esse meu desejo por tentar ter certeza das coisas, de controlar, de achar que tudo tem um jeito de ser e se nao é daquele jeito é pq nao esta certo. Quantos julgamentos e crenças estão por tras destes pensamentos, que mais do que ajudar, atrapalham. Lendo uma das historias do meu livro (olha o apego!!rsrs) que acabei e continuo recomendando muitoooo, Yalom falava exatamente disso, um homem tinha tanta certeza do conteudo de 3 cartas que nem sequer as abre, e a partir dai cria toda uma historia fantastica, que finalmente nao passa de uma ilusao conspiratória baseada na sua percepçao da realidade. Uma vez abertas, estas cartas trazem um conteudo completamente diferente, muito mais feliz do que o cenario pessimista criado por ele.

Com tudo isso refleti muito hoje (enquanto tentava trabalhar) do quanto é importante o exercicio de viver o presente, abrir mao das crenças e "verdades" do passado e tentar ao maximo estar conectada comigo... Lendo um livro muito interessante hoje de manha, me deparei com um desenho de duas pessoas se atirando do alto e no fundo tinha um pessoa meditativa e a explicaçao era de que quando nos lançamos no vazio da experiencia nosso interior sabe muito bem para onde ir, se abrindo para a transformaçao, sem exercer nenhum controle...

Acho que no final, tudo tem seu tempo... até mesmo um texto :-)

Bom, e como Jorgito tem tema para TUDO, segue uma musica que fala exatamente de tudo isso:

Inoportuna
Quien no lo sepa ya, lo aprenderá de prisa:
la vida no para,no espera, no avisa.
Tantos planes, tantos planes vueltos espuma
tu, por ejemplo,tan a tiempo y tan inoportuna
Eran más bien los días de arriar las velas.
Toda señal a mi alrededor decía: cautela.
Cuánta estrategia incumplida aquella noche sin luna
tu, por ejemplo,tan bienvenida y tan inoportuna
¿Quien sabe cuándo,cuándo es el momento de decir: ahora?
Si todo alrededor te está gritando:¡Sin demora, sin demora!

sobre cores e palavras

Acordei segunda, coloquei uma calça cinza, uma blusa cinza um pouco mais clara e uma blusa de la cinza mais forte. Cheguei no trabalho e comecei a reparar que a maioria das pessoas estava usando as mesmas cores que eu... como nao usamos uniforme (aliás, acabo de lembrar que o ultimo uniforme que usei foi no colegio, que por sinal era lindo, de um roxo indescritivel!!hehe) comecei a buscar o porque dessa coincidencia e ai foi só olhar pela janela e ver que lá fora o dia estava exatamente da mesma cor que todos nós!!! Isso me fez pensar como é interessante o impacto que o ambiente externo tem na gente, sem que a gente nem se de conta disso, pois imagino que nenhuma daquelas pessoas, assim como eu, pensou " ah o dia esta feio, cinza, acho que vou colocar uma roupa da mesma cor!!". Fiquei pensando que, se o tempo faz isso com a gente, imagina todas as coisas que acontecem a nossa volta?? Por exemplo, os lugares aonde andamos, as noticias que lemos, as pessoas com quem nos relacionamos. E fazendo um link com o texto anterior, nessa busca de conexao com a gente mesmo, estamos constantemente sendo impactos por esse ambiente, uma vez que somos seres sociais e nos relacionamos o tempo todo.

Justamente no final de semana estava pensando a respeito dessa coisa das relações e de como a interação com o outro é importante (pelo menos para mim). Tem um porteiro aqui no predio que sempre que eu passo pela portaria falamos de futebol. Comecei a pensar que, tem quase um ano que moro aqui e nós nos falamos praticamente todos os dias (e bastante pq ele sempre me para e a gente discute algo sobre esse tema que by the way pouco domino ultimamente). Apesar disso, eu nao tinha a menor ideia de onde ele era, sua idade, se tinha familia, se era feliz!!! Falo mais com ele do que com muitas amigas minhas inclusive!!! Entao comecei a olhar para outras situaçoes e me dei conta de que, para criar um contato com o outro, acabamos buscando algo que nos faça conectar com seu mundo para a partir dai criar uma relaçao significativa e mais profunda. Acho que essas reflexoes vem muito por causa do livro, pois ele mostra o grande turbilhão que é esse mundo das relações e da interação!! Tem sido muito bacana buscar estar presente nesses momentos também, nao só em contato comigo, mas em contato com o outro, sobrepondo essa linha tenue e invisivel que separa as pessoas... Buscando perceber como me sinto, meus julgamentos, minhas mascaras, minhas verdades ou seja, me descobrindo por meio desse outro que tb esta vivendo , nessa troca consciente ou inconsciente comigo, esse impacto...

Bom, para vcs saberem, ontem passei a linha e mudei de assunto com ele! E foi muito bacana saber que ali por tras daquele palmeirense, tem alguem de 36 anos que veio de Recife já tem 15 anos e acha que SP é que nem coraçao de mae, que ama essa cidade assim como eu, que tem uma familia grande e que nao se ve saindo daqui de jeito nenhum!! Acho que esse foi um passo importante em nossa relação ;-) uma vez q como porteiro ele sabe mais da minha vida as vezes do que eu posso imaginar!!hehe!!!

Acho que hoje era isso, essa semana fiquei refletindo sobre esses temas... E como nao poderia deixar de mencionar meu amor Jorgito, atendendo a pedidos, coloco aqui a prova de nosso amor e nosso encontro inesquecivel ;-)
Segue a letra de uma musica linda cantada por ele e pelo Moska que tem muito a ver com o post

Dos Colores: Blanco Y Negro
Paulinho Moska
Composição: Jorge Drexler

Nuestra primera intención,Era hacerlo en colores:Una acuarela que hablara De nuestros amores.Un colibri polícromo Parado en el viento,Una canción arcoiris Durando en el tiempo.
El director de la banda Silbando bajito Pensaba azules y rojos Para el valsecito.
Pero ustedes saben, señores, Muy bien cómo es esto;No nos falló la intención,Pero sí el presupuesto...
En blanco y negro Esta canción Quedó en blanco y negro Con el corazón,En blanco y negro, Nieve y carbón,En blanco y negro,En technicolor,Pero en blanco y negro...
Fuimos quitando primero De nuestra paleta Una mirada turquesa De marco violeta.
Luego el carmín de las flores Encima del piano,Una caída de sol Cuando empieza el verano.
Todos los tipos de verde De una enredadera...Ya ni quedaban colores Para las banderas.
Nuestrar intención ya no fué Más que un viejo recuerdo Y esta canción al final Se quedó en blanco y negro.
En blanco y negro Esta canción Quedó en blanco y negro Con el corazón, En blanco y negro, Nieve y carbón, En blanco y negro, En technicolor, Pero en blanco y negro...

Todo tiempo pasado es peor, no hay tiempo perdido peor que el perdido en añorar...

Ontem comprei um livro novo, uma indicaçao, meio que por impulso, sem nem ler a parte do fundo (aquela parte que, além da capa, me ajuda a decidir se vale a pena ou nao comprar este livro). Hoje vindo para o trabalho comecei a ler e me deparei com a frase: " O primeiro passo para se alcançar o equilibrio emocional é aceitar que cada um seja responsável por sua condição". Já me convenceu de que a leitura vale a pena!! Não só me convenci, como já apareceram situaçoes que me fizeram refletir e muito!!

Estou super ansiosa por uma serie de questoes, positivas todas, mas que pela minha deficiencia em controlar esse sentimento de ansiedade, tem sido, no minino, desconfortaveis. Ai, no auge da crise surge a pergunta: mas quem ta te causando isso??? e a resposta veio diretamente da frase: eu mesmo!!!!!!!! E entao, depois de um breve lapso, comecei a pensar o quanto, na maioria das vezes, nos desconectamos da essencia das coisas e nos apegamos em sua forma e no impacto externo que elas nos causam. Devo reconhecer que essa ideia de que somos responsaveis por tudo me parece brilhante e bem factivel, porem, na pratica, ainda me pego querendo ter o controle das coisas e buscar uma resposta "racional" que na minha ilusao vai justificar aquilo que estou sentindo.

Mas como alguem ja falou (apesar de usar muito, nao fui eu que inventei isso), reconhecer é o primeiro passo para mudar! Acho q quando reconhecemos que tudo aquilo que estamos vivendo tem um sentido e significado para a gente mesmo, fica muito mais facil disfrutar o momento e aproveitar os aprendizados da vida. E o mais bacana é perceber que, se nao nos apegamos aos medos, às dúvidas e às inseguranças nos permitimos viver muito mais livres para experimentar aquilo que temos vontade e que faz com seja divertido estar por aqui nesse planeta!!

Entao acho que hoje era isso!! Usei essa frase duas vezes com minhas amigas e acho q o tema do final de semana vai ser esse!! Ah e para os que tiverem interesse, o nome do livro é o Carrasco do Amor, ainda nao sei o que tem dentro mas pela cobertura já deu para ver que o recheio deve ser delicioso!!

Bom e segue a musica que tem a frase do titulo e uma foto do Jorgito Drexler, amor da minha vida e autor desta linda melodia!! :-)

Era el tiempo del cambio, el tiempo de la estampida, el tiempo de la salida, el tiempo de esta canción.
Era el tiempo de ver el tiempo de otra manera, y yo no sabía que era el tiempo del corazón.
Era el tiempo de cada cosa a su tiempo, en tiempo de bossa, o de candombear.
Por esos tiempos yo andaba siempre corto de tiempo y nunca encontraba tiempo en ningún lugar.
Cabe decir que es tiempo de rememorar los viejos tiempos, aquella ciudad...
Aunque no sea más que para decir que de tiempo en tiempo conviene recordar :
Que todo tiempo pasado es peor, no hay tiempo perdido peor,(BIS) que el perdido en añorar.
Era Mayo del 68, pero en Montevideodel 83. Era el tiempo de la apertura, tiempo de dictaduras
derrumbándose.
Eran tiempos de revolcones, manifestaciones ; yo empecé a fumar.
Y cuando fumaba, el tiempo pasaba más lento y yo me sentaba a verlo pasar, a verlo pasar....
Cabe decir que es tiempo de rememorar aquellos tiempos, la facultad...
Aunque no sea más que para saber, que el tiempo no suele dar marcha atrás..
Y todo tiempo pasado es peor, no hay tiempo perdido peor que el perdido en añorar.

Um novo começo

(carta da Mudança do Taro Zen do Osho, meu novo "entretenimiento")

Hoje acordei decidida a reativar meu blog... Depois de quase dois anos sem escrever, ou melhor, escrevendo para mim, decidi voltar a dividir minhas maluquices... Talvez por compartilhar, talvez por um desejo egoico de buscar reconhecimento, talvez por querer influenciar e impactar. Seja qual for a intençao que me fez recomeçar, veio com a força suficiente para me convencer de que vai ser divertido!

Na Espanha, o blog foi a melhor ferramenta que tive para dividir com meus amigos minhas aventuras, em um momento em que encontrar eco para minhas vivencias era extremamente importante. Na India porém, decidi que era momento de falar comigo, olhar para dentro, estar em um espaço quase tao silencioso como o fundo do mar (embora a vivencia em si foi bastante barulhenta, conturbada, intensa, transformadora na velocidade de um tsunami).

Por isso nesse momento minha intençao é apenas escrever... minhas ideias, opiniões, sonhos, vivencias, devaneios... Conversando com um amigo no almoço de segunda foi engraçado constatar como tenho sido uma metamorfose ambulante: ja fui loira, cabelo de chocolate que nao existe no mundo real, patricinha, surfista, fiz jiu-jitsu, musculaçao e tenis, estudei teatro, fiz aula de dança... Trabalhei em ONG, banco e escola... E ainda estou tao longe de saber quem eu sou!! Acho q todos somos assim, um pouco de tudo, e no final nos encontramos no nada... qdo nos despimos deste "somos por meio das coisas" é que mais nos aproximamos da nossa essencia (aqui devo mencionar outro amigo, apaixonado por Eckhart Tolle de quem humildemente estou plagiando esta ideia).

Com isso dou inicio a esse novo momento, dividindo com vcs isso que tenho de mais importante: eu!!

Como a brasiñola já nao existe tenho que encontrar um nome novo... vou pensar e depois coloco! Aceito sugestões!!!